top of page

Experiência Eu Desenho


São Paulo, 07 de setembro, 10h00. Senti aquele frio na barriga gostoso ao ver o auditório lotado, com gente de todo Brasil. E não tive trégua, fui a primeira, abrindo os trabalhos do "Eu Desenho Xperience 2018", o evento anual do super Ivan Querino, referência digital na ilustração. Por quase uma hora, falei sobre o pensamento visual e registro gráfico, a partir da minha vivência e escolha de dedicar a vida à Kairós, minha empresa, e ao ofício da "arte da conversa", ilustrando e facilitando a compreensão de informações de eventos, cursos, livros e palestras. Foi um papo aberto e me senti à vontade já nos primeiros cinco minutos. Daí em diante dei e recebi tanto, que terminei o dia com o coração preenchido e grato. Foi uma troca linda!

.


Comecei contando porque tomei essa direção na vida: ser facilitadora visual. E tenho minhas dúvidas se foi escolha ou destino. Sei que sempre desenhei, pensei visualmente e usei isso em momentos decisivos da vida: para estudar, para passar no vestibular, para organizar minhas matérias jornalísticas ou dissertação do mestrado, para facilitar a comunicação em grupos. Era natural, mas era enrustido. Não achava nada demais eu desenhar, pelo contrário, às vezes batia uma vergonha por "estar sendo menina" e usando lápis de cor em ambiente sério. Eu só saí do armário com o meu dom de desenhar a partir de 2010. Depois de uma longa trajetória profissional, atuando como jornalista desde 2004.

.

Comecei a aliar os desenhos às conversas sérias e importantes que eu precisava ter nos ministérios em que atuava, nas organizações não governamentais, nos órgão internacionais e em empresas privadas. Sim, eu vestia o meu terninho e levava meu estojo de canetinhas e me sentia poderosa desenhando as ideias em debate e ajudando as pessoas a entenderem umas às outras. Eu via a utilidade da ferramenta e recebia feedbacks muito positivos. Senti que aquele caminho estava aberto e dependia só de minha força de vontade para trilhá-lo.

.

Aprendi tudo que podia no Brasil e na prática, quando resolvi me jogar em uma experiência internacional e ver o que mais tinha para aprender "lá fora". Em 2014 conheci o cenário europeu da facilitação visual. Conheci grandes referências como a Brandy Agerbeck da Loose Tooth (EUA), a Big Picture (IN), o Martin Haussmann da Bikablo (AL), Holger Scholz da Kommunikation Slotsen (AL), o David Sibbet da Grove (EUA). Vendo a força dos meus mestres, que li e reli por meio dos livros, ganhei confiança para traçar um plano de ação e vida: em um ano eu faria a transição completa da vida de jornalista para a de empreendedora na Kairós: arte da conversa.

.

Assim foi! A Kairós prospera, com muitos trabalhos e clientes de porte, como a Adidas, a Oracle, a Votorantim, o Banco do Brasil, o Vitae Civilis, a WWF, a ONU, o PNUD, a Presidência da República, o Ministério da Educação entre vários outros órgãos federais. Somando o período antes da oficialização da empresa, são sete, quase oito anos prestando consultoria e ajudando pessoas a materializarem suas ideias e ampliarem o poder de entendimento mútuo e cooperação por meio das imagens. O momento é de colher frutos, celebrar e alcançar novos espaços, como o mundo online.

.

Estar no Eu Desenho Xperience foi estar junto com mestres. O Ivan, super referência e pessoa incrível, e os participantes, igualmente mestres de persistência em seguir, por toda uma vida desenhando. Eu me vi em cada um deles: o médico, o açougueiro, o estudante, o professor, o estudante... Eu torci para que seus caminhos se abrissem e que eles superassem quaisquer desafios, sem olhar para trás. E que a gente se reencontrasse novamente, para falar do que nos encanta e aprendermos juntos sobre a revolução que a comunicação por imagens está prestes a desencadear no mundo. Esse desejo foi lançado para o universo. Que venha o melhor!

0 comentário

Posts recentes

Ver tudo
bottom of page